Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.

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Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A Etica da Alteridade é o último recurso da vitima social para reconhecimento da sua dignidade humana?


Paz e Bem !


Na nossa sociedade Deus foi trocado pelo Mercado , o novo deus pretende usurpar o lugar do antigo Deus. O Mercado tem semelhança com Deus por seu caráter transcendente, mas a radical diferença entre ambos reside em que o ídolo reclama o sacrifício/sofrimento humano para poder existir ou subsistir,e realizar o lucro, enquanto Deus defende a Vida em todas suas versões.
O sacrifício/sofrimento humano exigido pelo ídolo Mercado se depara porém com uma alteridade irredutível que desmascara a hipocrisia dos supostos mecanismos científicos que regulam a Lei do novo deus Mercado. Essa alteridade das vítimas, mesmo querendo, não pode ser negada nem reduzida ao silêncio pela propaganda enganosa. Seu sofrimento se levanta, como o clamor do sangue de Abel, contra os tecnocratas que se ocultam atrás de frias cifras e de planejamentos abstratos.
Como ética ela deve se constituir no marco referencial (teórico e vital) para qualquer modo de convivência humana. Ela deve ter o horizonte da utopia e a práxis da motivação instigadora de todo projeto político-econômico e das dinâmicas institucionais. Mas a única ética digna desse nome deve tomar como base o olhar das vítimas, e ter como compromisso inadiável seu grito por dignidade. O autêntico imperativo ético, o dever ser absoluto, emerge do clamor irredutível das vítimas para serem reconhecidas na sua alteridade, isto é, na sua dignidade humana.
Ai está o novo cristianismo,a nova ética fundamental, reconciliar o homem decaído com o Deus que o sustenta e o contempla no seu rosto.
Para Deus o ser humano sempre será um rosto de dor a ser limpo com o pano da Verônica, enquanto para seu antagônico o rosto do outro será sempre uma cifra de planejamento.


Quem acolherá o rosto do irmão apenas pelo que ele é? E não pelo que vale?


Frei Bento, frade menor e pecador.

Um comentário:

  1. Bom lembrar disso, enquanto que cada vez mais sentimos que neste mundo já não somos humanos e sim números e que a vida é curta e que precisa ser vivida a tempo, enquanto as relações humanas são destruídas e os parques ficam cada vez mais vazios e os shoppings mais cheios. A noção de valoração do ser humano tem mudado e viver tem sido sinônimo de consumir. Para estes que se escondem atrás dos lucros, não somos humanos e sim, consumidores. Abraço.

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