Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.

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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Blasfêmias imperdoáveis contra o Espírito Santo, quem de nós comete?


Paz e Bem !

No Evangelho de hoje, Marcos 3 , 22-30, os fariseus daquele tempo interpelaram Jesus dizendo que Ele curava pelo poder de satanás.

Jesus, de onde o Espírito procede, lhes responde: Como é que Satanás pode expulsar Satanás?

E acusa os fariseus de blasfemar contra O Espírito Santo quando dizem isto , porque:


"Aquele que pecar contra o Filho do homem será perdoado, mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo será réu da Justiça Divina" (Mc 3, 28-29). 

Isto, traduzido em miúdos , significa que a misericórdia, o perdão, o acolhimento, os dons do Espírito, não podem vir de uma fonte que não seja correlata. O mal não pode gerar o bem pois o bem é a manifestação da Misericórdia divina, e não existe bem nas trevas.


Jesus dirá isto de  forma diferente,  quando disser: a boca fala do que o coração está cheio.

Ou seja, aquilo que fazemos, como fazemos, é que revela nossa verdadeira intenção.

Então é sutil esta questão das blasfêmias contra o Espírito, elas provém de nossos corações , da dureza ou da mansidão, da farsa ou da sinceridade de nossas intenções.  


Mas o que seria essa blasfêmia, como blasfemamos contra algo que é Espírito Essencial?

A grande blasfêmia é a negação do amor de Deus, e não é perdoado não porque Deus , que é misericórdia e perdão não possa perdoar, é porque quem a cometeu , de "per si" já não lhe interessa o perdão.

Mas o que seria essa blasfêmia tão horrorosa?

São 5:

1) Desespero de salvação, quando a pessoa, como Judas, não pede perdão porque considera que Deus é incapaz de perdoá-lo. E não pedindo perdão, não é perdoado.

2) Presunção de salvação sem merecimentos, quando a pessoa se julga já salva, e, por isso, se recusa a pedir perdão a Deus.

3) Negar a verdade conhecida como tal, quando o pecador de tal modo se entrega conscientemente à mentira a ponto de acabar acreditando na mentira como verdade, e, por isso, recusa até a evidência da verdade. Era o pecado dos fariseus que viam Cristo fazer milagres, e os negavam, apesar de vê-los. Não havia então modo de convertê-los.

4) Ter inveja das mercês que Deus fez a outrem. Isto é, ter raiva de que Deus, por amor, tenha dado alguma graça a outros, e não a nós. Desse modo se odeia a bondade de Deus, que é o Espírito Santo.

5) Impenitência final. Quando a pessoa recusa o perdão de Deus na hora da morte, recusando os sacramentos impiamente.

Assim sendo, o pecado contra o Espírito Santo é duplamente grave, porque primeiro blasfemou contra Deus, depois porque recusa a Graça Amorosa do Senhor, que é "dives in misericordia"= rico em misericórdia e amor.

Como é que nós estamos diante dessa negação do amor de Deus?

Frei Bento, irmão menor e pecador.

Um comentário:

  1. Frei, maravilhosa essa sua explicação, pois há uma grande dúvida entre nós do que seria esse pecado tão imenso, imperdoável. Agora o assunto ficou mais claro.

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