Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.

Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.
Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Na fila dos pecadores.






Paz e Bem !


Terminamos neste Domingo, com a comemoração do Batismo de Jesus, o tempo litúrgico do Natal.

Durante toda esta semana as leituras nos falaram do Cristo que vem até nós como um pobre, aliás, celebramos no Natal o Senhor que nasce pobremente na extrema humildade de uma estrebaria. Sua primeira Epifania se deu quando foi adorado por humildes pastores de Belém. A segunda Epifania  aos magos de outras terras, uma manifestação de Jesus a todas as nações.

Agora celebramos a terceira Epifania , que é uma Teofania.

Epifania é a manifestação do Verbo de Deus em particular, como no caso dos pastores e dos magos e a iluminação particular que esta Epifania provoca em alguém em especial. A Teofania é a manifestação de Deus em Trindade ao todas as gentes, perante o Universo, a manifestação da Trindade em Sua Gloria.

Assim acontece  no Batismo de Jesus nas águas do Jordão.

Mas também aqui o Verbo de Deus aparece em Sua humildade essencial, Ele está na fila dos pecadores, no comum de todos nós. Espera Sua vez de ser  chamado por João.

Na primeira leitura, Isaias 42, 1-4, 6-7, o Profeta anuncia o Messias  chamando-O de Servo, a quem o Pai protege e sobre O Qual fará descer o Seu Espírito com uma Missão: a de levar a Justiça às nações. O Servo que não gritará pelas ruas, mas procederá a Justiça no silêncio de nossos corações. O Servo que não quebrará a cana fendida, isto é, cheio de misericórdia para com os fracos e aos que já perderam a Esperança. O Servo de Iavé que não descansará enquanto não sofrer até o sangue derramar para que a Justiça seja derramada por sobre a Terra inteira.

O Servo que lemos no Evangelho de Lucas 4, 14-22 que veio para anunciar o que Isaias nesta leitura de hoje  Dele profetizou: para abrires os olhos aos cegos, tirares do cárcere os prisioneiros e da prisão os que habitam nas trevas”.

Este é o Cristo que vem a João , como narra Mateus 3, 13-17, o Evangelho de hoje, para ser batizado, do qual João não é nem digno de desatar as sandálias. 

Entretanto, está ali, na fila dos nossos pecados, companheiro de nossas dores,  Aquele que divide conosco nossas cruzes, e lava nossas culpas com a água espiritual do batismo.

E o Espírito Santo desce do céu “como” se fosse uma pomba, a mesma imagem poética que o Gênesis trata a nova terra que emerge das águas do dilúvio. Neste sentido todo o poema de Noé na Bíblia prefigura o Batismo de Cristo, e a mesma pomba, o mesmo Espírito , que desce do Novo Céu  inaugura no Batismo de Jesus, a nova terra firme , a Nova Terra da Justiça que o Cristo inaugura.

João Batista porém nos alerta  que o seu batismo não é o batismo do Cristo, pois que o do Senhor é o Batismo do Espírito Santo , simbolizado pelo Sacramento da  água que sobre nós é derramada,  a mesma água primordial sobre a qual desde o início dos tempos o Espírito do Senhor pairava.

Ao inaugurar Sua missão como um de nós, Jesus nos faz filhos de Deus aos quais Ele dará a missão de irmos também pelo mundo inteiro , batizando todos como Ele foi, na forma que  Mateus irá escrever no final de seu Evangelho> em Nome do Pai do Filho e do Espírito Santo.

Frei Bento, irmão menor e pecador.




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