Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.

Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.
Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

" Efatá" - Que nossos ouvidos se abram para o silêncio da oração, e nossas palavras para anunciar o que deve ser dito.





Paz e Bem!

O Evangelho  de São Marcos 7 , 31-37, que lemos nesta Sexta-Feira nos fala sobre quando Jesus  cura um homem que era surdo-mudo,  em território dos pagãos.


O caráter simbólico desta cura feita em terras estrangeiras como o que lemos ontem, no episódio da mulher da Cananéia, é demonstrar que o amor do Cristo vai além de todos os limites. Percorre caminhos não imaginados para alcançar aquele que não pode ouvir e nem falar das maravilhas de Deus.

Um prenúncio da mensagem do cristianismo , que seria levado a todo mundo e alcançaria a todos os  que eram surdos, e mudos,  para ouvir a Boa Nova e para proclamar esta mesma Boa Nova de Justiça e Paz.

Ouvimos hoje que Jesus acolhe aquele homem que foi levado até Ele pela caridade da multidão. E O Senhor da Vida o conduz ao seu secreto, isto é, afasta-se da multidão,  e no silêncio ordena que "Effathá" = Abra-te, ao dom de ouvir e de falar. 


Ao levar este homem anônimo  para longe da multidão para curá-lo, O Senhor nos ensina que é no secreto e no silêncio que  aprendemos a nos abrir também à escuta da Palavra de Deus, isto é, àquelas coisas que devemos ouvir primeiro,  para então termos do que falar.

E assim  Jesus coloca Seus desígnios na boca daquele homem.

Muitas vezes conosco é assim: o Senhor quer vir ao nosso encontro, nos levar para o nosso secreto e lá, no silêncio da Oração, nos ensinar a ouvir e nos ensinar a falar, abrir os nossos sentidos necessários, para que possamos acolher o que Ele tem a nos dizer.

Vejo esta passagem  como a excelência da vida da oração , quando os nossos ouvidos se abrem a Deus que nos recolhe,  e o que aprendemos Dele, na nossa intimidade orante,  então   passamos a proclamar,  de forma irreprimível.

Então,  nos fica esta reflexão: o que é que os nossos ouvidos ouvem e o que é que a nossa boca proclama >  vem do nosso secreto com o Senhor?

Ou vem do raso,  dos que ouvem  mas não conseguem escutar bem, dos que falam , mas não sabem muito bem o que dizem ?


O que apreendemos ao ouvir nos grandes ruídos irá transparecer nos grandes ruídos de comunicação, nos quais tantos incorremos?



Bento, frade menor e pecador.

Nenhum comentário:

Postar um comentário