Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.

Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.
Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.

quarta-feira, 9 de março de 2011

“Com efeito sabemos que, até o presente, a criação está gemendo, como que em dores de parto” (Rm 8, 22)





Paz e Bem!

Alguns de nós estamos retornando de retiros e de experiências de oração durante o período do Carnaval.

Outros estão vindo das baladas do Carnaval.

Mas nesta Quarta-Feira, chamada de cinzas, nos encontramos todos, e nos  deparamos com a nossa própria fragilidade,  pois,  simbolicamente,   somos lembrados de que somos pó e ao pó retornaremos.

Seria uma vida inútil ,  não fora o outro convite que a Igreja nos faz quando nos impõe as cinzas > “Convertei e crede no  Evangelho ! ”

Sim, porque pelas palavras do Santo Evangelho somos purificados de nossos pecados mediante uma íntima conversão, um abandono irrevogável de nossa condição de pecadores,  e uma busca sincera do perdão de Deus > que nos vem através do sacramento da confissão.

Assim sendo,  a Quaresma, o Tempo Litúrgico que agora iniciamos,  é um convite a mais  para que nos re-aproximemos do Cristo,  que nos diz palavras de vida eterna, que nos salva , mediante reconhecermos que somos pecadores e tão necessitados de Jesus,  presença real na Eucaristia.

Mas a Quaresma é também um  tempo de exercício da fraternidade, que nos alerta para o outro compromisso salvífico>  o de perdoarmos os que nos ofendem, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.

É o que rezamos no Pai Nosso, mas  pouco praticamos no dia-a-dia.

Portanto meus caríssimos, a Quaresma é um tempo de desafios> de  lembrarmos da nossa condição de mortais, da nossa condição de pecadores, o tempo de buscar o perdão de Deus e o tempo de  libertarmos de nosso>  “Egito pessoal.”

A Igreja no Brasil nos convoca também a meditar neste tempo de fraternidade em 2011 sobre a questão da Ecologia, por isso cita este trecho da Carta de São Paulo aos Romanos 8, 19-22, como o tema central deste encontro fraternal > Ecologia e vida no planeta.

Um encontro  com a nossa irmã a terra maternal, cuja ganância e a exploração humana vai se transformando > de um  Jardim primordial  , idealizado por Deus > em um deserto seco e infértil, ou vitimando tantos em decorrência das mudanças climáticas que causamos.

Quem não crê no Evangelho, quem não pede e dá o perdão, quem não se dá conta que é pó e ao pó retornará: vive essa relação predatória com o Planeta, projetando na Natureza, a profunda incapacidade de viver de forma harmoniosa consigo mesmo.

A natureza geme como que em dores de parto.

Reparem  que não é como a mulher que geme em dores para dar a vida.

A nossa irmã a natureza geme “como que” em dores de parto, porém,  de um parto que não ocorrerá, pois ela geme em dores de morte.

E recorro por fim ao Pai Seráfico São Francisco, que no Cântico do irmão Sol nos ensina a louvar a Deus pela  maravilha da Natureza que Ele nos deu, louvando ao Altíssimo ,Onipotente e Bom Senhor >  pela irmã água, que é muito humilde preciosa e casta, mas que estamos maculando e a transformando em esgotos fétidos. Louvo pelo irmão o vento e o ar o sereno e todo o tempo, que estamos poluindo e envenenando.  Louvo pela a nossa irmã : a mãe Terra, com a qual Ele  nos sustenta e nos governa,  mas da qual estamos a virar meros predadores.

A Terra mãe que produz frutos e flores de variadas cores, mas que vamos destruindo, e assim , vamos nos auto-destruindo , com num suicídio lento e doloroso.

Por  isso é que a Fraternidade >  é a única  possibilidade de vida no Planeta.

Frei Bento, frade menor e pecador.



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