Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.

Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.
Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Maria nos visita.




Paz e Bem !

Neste dia 31 de Maio, terminando o mês de Maria, das mães e das flores, a Igreja celebra a festa da visitação de Nossa Senhora a Isabel, conforme o texto de Lucas 1, 39-56.

Nestes versos de Lucas se encontra o tesouro da Mariologia, que é o estudo do papel da Virgem Maria dentro da Cristologia, porque toda nossa Fé está centrada no Cristo, e a pessoa de Nossa Senhora só tem a sua grandeza quando vista  através dos  olhos de Jesus, em função Dele e para Ele.

Porque a doce Virgem é aquilo que ela mesmo definiu ser > a humilde serva do Senhor, e seu grande mérito foi saber ser pequena, ser a última, ser a mulher silenciosa que contempla a Vida do Filho com os olhos de quem ama profundamente. 
Mas que viveu como  nenhum outro ser humano, este encontro visceral com Deus, esse grande mistério , o de  gerar em  suas entranhas > Aquele que sempre existiu .

Em Lucas 1, 41 temos o verso que exprime essa singularidade quando Isabel, cheia do Espírito Santo proclama , e Lucas insiste em dizer “em alta voz”, ou seja para que mesmo os ouvidos que não querem ouvir, ouçam,  que diante dela estava a mãe do Seu Senhor. 


E o Senhor é Deus.


Não a mãe de um menino qualquer, mas a mãe do Menino,  que desde a sua concepção era simultaneamente Homem e Deus, pois que Nele as duas naturezas estão unidas, da mesma forma que Ele é Uno com o Pai mediante o Amor do Espírito Santo.
Mas Maria é silenciosa, ela não protagoniza, ela não assume nos Evangelhos e no Kerigma Apostólico, papel de proeminência. Porque ela soube ser aquilo que encantou a Deus, humilde e pequena, silenciosa e discreta, mas firme na submissão a Deus e a Seu Plano.

Karl Barth, teólogo protestante do século XX,  tem uma abordagem interessante sobre esse papel de Maria, aparentemente secundário, mas fecundo de significado e de testemunho. Ele escreveu que :  “Maria é um fator indispensável na proclamação bíblica pela ausência da ênfase em sua pessoa, pelo significado infinito de sua modéstia e humildade, de quem só recebe a bênção”.

Em um tempo em que tantos cristãos querem ser os primeiros , atrair pra si as atenções  do mundo , da mídia, do dinheiro, Maria os contrapõe o seu exemplo,  de quase absoluto anonimato, de sua quase inexpressividade, mas que do seu silêncio , de suas poucas palavras, de sua pobreza > é que nos chegou o Salvador.

Aquele Jesus que tanto amamos e que disse certa vez que , quem quiser ser o primeiro, que seja o último, quem quiser ser o maior,  seja o servo,  pois  os últimos serão os primeiros, os servos serão os justos e os humilhados é que serão exaltados, no Seu Reino, na Sua Lógica.

E esta foi Maria > a Virgem  do serviço >  da humildade >  e do silêncio.

E Maria nos visita também hoje, trazendo-nos o Seu Filho. Que também possamos ser como João Batista, e saltar de alegria diante Dele, que é o Deus de nossa alegria.

Frei Bento, frade menor e pecador.

Nenhum comentário:

Postar um comentário